quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Caminatas Fueguinos

A dica original da Agência Fueguinos foi da Cristina, uma amiga que já teve a ventura de morar por um tempo no Chile. Ainda não tive a oportunidade de fazer um tour com Pedro, mas passei a dica adiante para a Nancy e Nelson, que aprovaram com louvor o passeio e enviaram o texto e fotos abaixo:   

Em Santiago há muitas agências de turismo com passeios variados, mas poucos realmente valem a pena. Até os tours para as grandes viñas são caros; pelo mesmo preço em Queenstown (Nova Zelândia) se visita o dobro de vinícolas em metade do tempo. Pesquisando você também consegue ir por conta própria a Valparaíso e Viña de Mar sem estar preso aos horários de uma excursão, porém lugares de difícil acesso requerem um guia experiente, infraestrutura e tempo para disfrutar.

Fomos ao Monumento Natural el Morado, já na Cordilheira dos Andes, com a Fueguinos: http://fueguinos.cl/Descripcion/DescrPortugues.htm. Esta pequena agência também faz passeios para o litoral (Casa de Pablo Neruba de Isla Negra) e duas caminhadas no Parque Nacional la Campana. Pedro, o guia, foi nos buscar em sua van vermelha antes do sol nascer - uma das vantagens da Fueguinos é que as excursões são para grupos pequenos, nos acompanhou apenas um casal de canadenses.

Além de fornecer stake (bastão) e lanche para almoço no parque, Pedro também preparou o café da manhã, trouxe tunas (uma fruta típica chilena) e ainda pagou nossas cervejas e empanadas no final do dia em um bar de San José de Maipo. O Monumento el Morado é um local inóspito, portanto foi ótimo não ter que se preocupar com nada e chegar cedo ao parque para enfrentar com calma os 16km de ida e volta a 2000 metros de altitude!

Voltamos para Santiago depois das 21h cansados e com muitas fotos das montanhas coloridas, fontes, lagos, vulcão, glaciar... só faltaram os condores que deviam estar com muito calor para voar. Então, mesmo se você não gostar de esforço físico, procure o Pedro e pergunte pelo roteiro Océano Pacífico - com certeza ele vai organizar um belo passeio.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Bares em Santiago: Elkika Ilmenau

O “Elkika Ilmenau” é um bar alemão na Providência bem próximo ao local em que costumamos ficar quando vamos a Santiago.

Já fomos lá várias vezes e, quando chegamos agora somos logo recebidos com um abraço pelo Cristián, “nosso garçon” no bar. O Elkika não abre aos domingos, e está sempre movimentado nos outros dias. É um ponto de encontro dos santiaguinos que trabalham na Providência.

Da cozinha, saem sanduíches e pratos alemães, à base de chucrute e salsichas, sempre fartos.

O forte do bar é mesmo o ambiente, sempre entre o animado e o festivo. E o chopp. Minha pedida lá é sempre a mesma, um Kunstman Torobayo, chopp encorpado fabricado na cidade de Valdívia. Eles servem outras marcas e também uma exótica mistura de fanta laranja com chopp (fanchopp) apreciado por algumas das jovens frequentadoras mas que eu, pessoalmente, não aconselho.

O Happy hour é a melhor hora do Elkika, com bastante movimento. O que está ótimo porquê o happy hour em Santiago costuma estender-se até por volta das 23 horas.

Outra programa ótimo no Elkika é assitir a um jogo de futebol da “roja”, a seleção chilena. O entusiasmo dos chilenos com o futebol é impressionante. Mesmo quando a seleção não está jogando tão bem assim, e é muito gostoso partilhar desse entusiamo com eles.

Os preços são bons: Um choop Torobayo, com 500 ml, sai por $1,500 (R$ 5,60) e os sanduíches na faixa dos $ 2,900 (R$ 11,00)

Elkika Ilmenau
Diego de Velázquez #2109 - Providencia, Santiago

domingo, 14 de agosto de 2011

Jazz em Santiago: El Perseguidor

A dica veio de um amigo que morou em Santiago no início dos anos 70 e que voltou lá várias vezes, depois. Para ouvir um bom jazz em Santiago, vá ao El Perseguidor. O guia da Viagem e Turismo também recomenda o local, mas não tema: os turistas são minoria (ao menos em noites de jazz).

A casa não é exclusiva de jazz e por lá você também encontra música brasileira (com destaque para o samba e a bossa nova) e noites com outros ritmos latinos, como rumba ou salsa. Vale a pena pesquisar antes a programação para não ir querendo curtir uma coisa e terminar ouvindo outra.

Na semana em que decidimos conhecer o local, só a noite de sábado era dedicada ao jazz. Trilha sonora escolhida: bebop com a banda de  Cristián Cuturrufo.

Reserva feita dois dias antes pela internet e confirmada por e-mail, surpresa na hora em que chegamos: o garçom não tinha a informação da reserva. Felizmente, havia um bom lugar vago. Sentamos, pedimos vinho e mojito e ficamos observando a chegada das pessoas.

A noite foi excelente! Fazia tempo que não ouvia jazz. E essa música faz bem para a alma. Couvert de $2,500 (R$ 9,36) + consumação de $ 5,000 (R$ 18,70). Só não consome o mínimo quem tomar só água, e olhe lá. Fim da noite: garrafa de vinho, um mojito, brusquetas e um filet trinchado, água e couvert mais propina , $ 41,090 (R$ 153). Não é de graça, mas também não é um absurdo, e o ambiente e a música valem a pena.

Dica: é uma casa de fumadores. Se não gosta de cigarro, fique em casa ou vá com o espírito preparado. Não seja um chato que ninguém lhe vai dar atenção.

Outra dica: no final do show todo mundo pede a conta e as coisas ficam um pouco confusas. Observe os santiaguinos, quando perceber que eles começaram a pedir a conta, faça o mesmo.

Depois, é dar uma volta pela Bella Vista que é uma festa de bares e restaurantes na noite que está só começando.

El Perseguidor
Antonia López de Bello #0126 - Bella Vista - (56-2) 777 67 63


segunda-feira, 16 de maio de 2011

Afinidades desconhecidas

Uma das grandes novas alegrias que a internet nos dá é descobrir afinidades com gente que nem conhecemos. Esse blog promove esses encontros.

O Peterson, por exemplo, comentou que " Acabei de voltar de Santiago. Esse post foi a última coisa que li antes de arrumar a mala. Obrigado pela dica da cerveja! Provamos a Kunstmann e Austral das que vocês falaram. Também gostei da Mestra!"

E esse comentário foi feito acerca de um artigo escrito por dois outros amigos do blog, que organizaram um post sobre cervejas: a Nancy e o Nelson.

Em homenagem a esses amigos desconhecidos, reproduzo abaixo a contribuição da Julia Borba, que esteve no Chile no começo do ano e nos escreveu: "Meu nome é Julia, e acabei de ler uma boa parte do seu blog e me encantei !! Fui pra lá em janeiro deste ano (...) Também sonho em morar lá, e já tenho formada dentro de mim a minha alma chilena (...)me identifiquei com o perfil (...): brasileiros amantes do Chile"



Minha viagem ao Chile
por Julia Borba
:: amiga do blog ::

Fui para o Chile em janeiro deste ano e ... fiquei TRÊS DIAS dentro de um ônibus!! Mas todo o esforço valeu a pena, já que lá é um lugar lindo e a cultura encantadora ; segue a lista dos lugares que conhecemos:

Aduana Chilena: chegamos lá as 4h30 da manhã e saímos as 7h00. Dá pra ver bem de perto a Cordillera , e a vista é encantadora!!!!! Claro, lá é muito frio, e quem não está acostumado, sente os efeitos das grandes altitudes.

Caminho para Los Andes: se subimos a Cordillera ... então também descemos! São 30 curvas, acompanhadas pelas montanhas e pelo rio Mapocho

Ciudad de Los Andes: ficamos hospedados num colégio que tinha uma grande estrutura: piscinas, 6 quadras, sala adaptada para alunos especiais, cafeteria, sala de dança, laboratório, sala de informática etc.; visitamos a Codelco (empresa da mineração chilena de cobre) e um “clube” patrocinado por ela, o Polideportibo. Passeamos por um shopping chamado Espacio Urbano (destaque para o Bar Mamut), e lá dá pra fazer o cambio de moedas. O Jumbo (supermercado) em comparação, é um “Extra” chileno.

Caso você tenha amigos chilenos e queira ligar para eles, você pode encontrar as “cabinas telefônicas” nas ruas, shoppings e também em casas (sim, casas de famílias); nas casas, as cabinas ficam do lado de fora, e para ligar, você passa o número desejado para o dono/dona, espera ele digitar o número da mesa dele, entra na cabina e fala. Ligação para fixo (llamada para fijo) pode ser feita a partir 100 pesos e para celular a partir de 200 pesos, mas não se esqueça de colocar *09+número .

Em Calle Larga (cidade vizinha) visitamos o Estadio de Calle Larga, que é a escola de futebol dos jovens colocolinos (como dizem, “KLLE LARGA ES ALBO”)

Muitos jovens se encontram na Plaza de Armas, ou fazem os CARRETES (festas, reuniões entre amigos) em suas casas acompanhado de um ASADO (e em outros casos, COPETES, que é a bebida alcoolica)
Em fevereiro, acontece as Las Chayas de Los Andes, que são 3 dias de shows em que muitos jovens vão para dançar, ou simplesmente se juntar.

Algo muito interessante de lá é que antes do Reggaeton* ser moda, o NOSSO AXÉ dominava as “discotecas” de lá, então, quando eu cheguei lá, sempre me perguntavam “sabe dançar axé? Aquela música lá ...”  -- *Reggaeton pode ser definido como uma mistura de reggae + rap, e as letras são tão pesadas como as do funk brasileiro ...


A Julia mandou também o link para fotos no SkyDrive.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Chorrillanas


por Nelson e Nancy
:: amigos do blog ::

Prato estudantil, pósbaladeiro e telefutebolístico número um do Chile é a chorrillana. Um petisco simplérrimo disposto em largas travessas, para se pinchar com palitos de dente. Composto por uma imensa cama de batatas fritas, recoberta por um espesso edredom de cebolas na chapa chafurdadas em ovos mexidos, sobre a qual se deita uma suculenta porção de lascas de carne frita. O caldo da carne e da cebola envolve as batatas, encharcando-as e deixando-as muito saborosas.

Uma lenda improvável conta que a chorrillana nasceu para atender aos marujos famintos que aportavam na cidade e precisavam de algo rápido, barato, nutritivo e acima de tudo farto, para aquecer o estômago. Sem grande preocupação com a balança, convenhamos.

Além da tradicional, de carne, hoje já existem variações com frango, linguicinha, vegetarianas e até de frutos do mar (que no Chile são razoavelmente acessíveis). Essa forma de preparo é conhecida como “a lo pobre”, porque faz render a carne, e pode ser encontrada nos cardápios de pés sujos de todo o país. Também há versões com molho de tomate.

Tido como o local de nascimento do petisco e considerado ainda a melhor chorrillana de todas é o Casino Social J. Cruz, em Valparaíso. Nada de cassino, mas muito de social. É um simpático sujinho cheio de personalidade, uma atração à parte e referência da boemia. Quando se olha a entrada a partir da rua, a impressão que se tem é de que se trata de sequestro. O boteco fica lá no fim de um estreito, escuro e interminável beco sem saída com muros grafitados, onde não passa carro. Quando se adentra, temos certeza que é seqüestro: encontra-se uma pitoresca sala de um fluorescente mal iluminado, com mesas e paredes forrados a cada milímetro com milhares de nomes e fotos 3 x 4 dos freqüentadores, provenientes de todos os cantos da galáxia, além de uma miscelânea de quinquilharias empilhadas, penduradas nas paredes e camisas de futebol do teto. O bar só serve chorrillanas, e as de carne, las verdaderas, acompanhadas de pão e salsa de pimenta ají, para apreciar com uma boa cerveja Escudo. A única opção disponível é o tamanho da porção, para duas ou três pessoas.

O ideal é visitar os Cerros acima à tarde, fotografando o exótico casario e visitando museus como uma das três casas de Pablo Neruda, e depois descer à noite para matar a fome nesse barzinho. Leve uma caneta para deixar seu nome lá.


Casino Social J. Cruz

Calle Condell 1466, Valparaiso, Chile

Aos pés dos Cerros Concepción e Alegre, no lado que dá para o porto

quinta-feira, 10 de março de 2011

Bebendo no Chile

por Nelson e Nancy
:: amigos do blog ::

Reconhecido produtor de vinho, o país se destaca pelo Cabernet Sauvignon e Carménerè (uva original de Bordeaux na França que atualmente só existe no Chile). Os tintos possuem um aroma delicioso, mas foram os brancos que nos surpreenderam combinando muito bem com o verão e os saborosos frutos do mar chilenos. Quem sentir saudades da caipirinha, deve pedir um Pisco Sour.

Agora vamos às informações que não estão nos guias de viagem: beba cerveja! Artesanais ou importadas... entre as chilenas provamos a Del Puerto, Kross, Kunstmann e Austral (no Brasil a R$ 25, nos botecos de lá por cinco reais!). As belgas também são acessíveis: metade do preço que pagamos aqui.

Para os abstêmios, uma recomendação: os chilenos gostam muito de açúcar e seus refrigerantes são mais doces. Há sucos naturais que podem ser feitos na hora ou vir da caixa - não há diferenciação no cardápio. Ao comprar água lembre que a natural (sem gás) tem tampa vermelha e a com gás leva a tampa azul, melhor ler o rótulo sempre. E como eles tomam bastante chá, o café geralmente é solúvel.

*Dica: prefira o tour em inglês ao visitar uma vinícola de grande porte para evitar a massa de turistas brasileiros, principalmente nos feríados.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Aluguel de Automóvel

O Chile é um país perfeito para ser explorado com toda calma, navegando suas excelentes 'rutas' com várias pistas em cada sentido e manutenção em dia - sinônimos de conforto e segurança. Há também estradas vicinais, normalmente com pouco movimento, e que permitem descobrir paisagens e lugares geniais que não estão nos guias.

Alugar um carro também não é problema no Chile. Para os brasileiros, basta o documento de identidade, a carteira de motorista do Brasil e um cartão de crédito internacional - é comum que exijam que o condutor tenha mais de 24 anos. As melhores experiências que tive alugando carros, tanto no Chile como também no Uruguai, foi com locadoras locais, pequenas, indicadas pelo hotel. Fazem um serviço personalizado, com cortesia e preço honesto.

Minha única má experiência foi com a Alamo Rent a Car, quando aluguei o carro em um pacote comprado no Brasil pela Tam Viagens. Serviço ruim e desonesto (único caso de desonestidade que vivenciei no Chile até hoje).

Com o Kia Morning que nos levou às casas
de Neruda em Isla Negra e Valparaíso.
Em Santiago, por duas vezes alugamos carros com a Good Rent a Car - por cerca de R$ 100 é possível alugar um Kia Morning (Picanto, no Brasil) - carro pequeno, econômico, bom de dirigir e valente (subiu as ladeiras de Valparaíso sem reclamar).

Normalmente, os carros alugados em Santiago possuem um equipamento utilizado para cobrar o pedágio nas autopistas que cortam a cidade - sem o equipamento, não é permitido andar nas autopistas. O aluguel do equipamento é cobrado, e custa cerca de R$ 12 por dia.

Outro lugar em que aluguei carro foi em Puerto Montt, na região dos Lagos. A locadora fica em Puerto Varas, mas atende tando em uma cidade como em outra. O atendimento na Kamils Rent a Car também foi excelente. Lá, locamos um Toyota Yaris muito confortável por um valor que lembro ter sido bom, mas não recordo quanto foi. Com ele demos a volta no lago Llanquihue, subimos o vulcão Osorno e fomos a ilha de Chiloé.

No meio da chuva,
dando a volta em torno do lago Llanquihue no Toyota Yaris.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Dois imperdíveis em Santiago: Liguria e Galindo

Há dois bares imperdíveis em Santiago. O Liguria e o Galindo.

O LIGURIA

Esse é um dos bares que eu classifico como de "classe mundial". Classifico assim aqueles bares nos quais, quando se entra a primeira vez, tem-se a impressão de que passou a vida inteira frequentando; de que, a qualquer momento, o garçom vai lhe chamar pelo nome e perguntar - "o de sempre?"

São três endereços, todos na Providencia. Eu só conheço o principal, na Av. Providencia, 1373, ao lado da estação Manuel Montt do Metrô. A linda identidade visual do bar é construída a partir da lira popular (espécie de literatura de  cordel) e da decoração dos bares, que são uma atração a parte, com as paredes cheias de quadros e reminiscências - de que ou de quem não se sabe, mas são reminiscências e isso basta.

A comida vai da culinária típica (de sabor forte e pesada) a massas bem preparadas como numa cantina. A carta de vinhos é variada e há também variedade de cerveja e chopp - recomendo, sempre, o Kustmann Torobayo, hecho en Valdívia. Lembre-se, barato no Chile são os vinhos.

Prefiro o Liguria para beber que para comer. Como petisco, não deixe de pedir os champignones salteados.


O GALINDO

Esse não é um bar que figure nos guias turísticos, embora receba turistas - e os receba bem. Localizado no barrio Bella Vista, o Galindo está bem próximo a La Chascona, a casa de Pablo Neruda em Santiago - um ótimo programa é visitar a casa e depois almoçar no Galindo.

Ao contrário do Liguria, prefiro o Galindo para almoçar e não para a noite. É o lugar perfeito para explorar a culinária chilena: uma parrilada para dos ou um pastel de choclo, por exemplo. Se a forme não for tanta, ou for muita que permita uma entrada, as empanadas por aqui são ótimas.

O Galindo na hora do almoço está sempre movimentado. Cheio não de turistas, mas de chilenos que, sem presa, degustam o almoço durante uma hora ou duas, sem presa, quase sempre acompanhado de vinho.


Bares de Classe Mundial

Além do Liguria, conheço o Lamas, no Rio de Janeiro, e a Bodeguita del Medio, em Havana, que merecem a distinção de pertencerem a essa classe. Conheci também o Riviera, em São Paulo, na esquina da Consolação com a Paulista - um bar de classe mundial que se foi.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Chegando a Santiago: Energia elétrica

Energia

A tensão da energia elétrica no Chile é 220v, o que normalmente não é problema, já que os equipamentos que costumamos levar em viagens (carregadores de celular, notebooks ou máquinas fotográficas, por ex.) geralmente são bivolt. Mas é preciso ter atenção se pretender comprar aparelhos eletro-eletrônicos.

O que pode causar alguma dor de cabeça é a tomada, com três pinos redondos em linha. (não confundir com a nova tomada de três pinos brasileira – essa só existe aqui).

Se a tomada dos aparelhos que levar na sua viagem for de pino redondo, tudo bem, vai funcionar. Se for de pino chato, vai precisar de uma adaptador – um “T”, ou benjamim, com pinos redondos e ranhuras chatas resolve e é possível encontrar adaptadores para comprar (mas não em qualquer esquina)
.
Agora, se o seu aparelho tem uma dessas tomadas brasileiras novas, leve um adaptador daqui.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Motivo para ir a Valparaíso: La Sebastiana


Boa parte dos brasileiros que viajam a Santiago (inclusive minha irmã) compra um passeio a Viña del Mar e Valparaíso, nas agências locais ou até em agências brasileiras, de um dia inteiro. Passeio corrido que,apesar de possibilitar uma percepção geral das cidades, muito próximas de Santiago, desconsidera uma maravilha de "Valpo"(jeito carinhoso dos chilenos nominarem Valparaíso) - La Sebastiana, outra casa de Pablo Neruda. Chama-se assim em homenagem ao seu antigo proprietário Sebastián Collado porque, ao contrário das demais casas essa já estava parcialmente construída, quando Neruda resolveu habitá-la. Situada no Cerro Florida, da casa se tem uma maravilhosa vista da cidade, que certamente alimentou o processo criativo do poeta. Sua organização em andares aos quais se ascende por corredores estreitos recria a própria arquitetura da cidade.

Estivemos em La Sebastiana duas vezes: na primeira subimos de carro, na segunda de ônibus local, que desafia as ladeiras íngremes,um passeio e tanto.
A visita guiada é realizada por meio de audiofones, e sim, está disponível em língua portuguesa.

É preciso tempo para explorar a riqueza das coleções, os objetos curiosos e a vista, que a visita proporciona.

E para os capixabas, atenção: há um mapa secular no segundo andar em que Guarapari está registrado.

La Sebastiana funciona de março a dezembro, de 10h10 às 18h e em janeiro e fevereiro, de 10h30 às 18h50, e está fechada às segundas-feiras. Os ingressos custam 12 reais a inteira, e 6 reais para estudantes e terceira idade.


Chegando em Santiago: Transporte

Chegando ao aeroporto, vc pode tomar um taxi em serviço privativo ou uma van, que funciona como um taxi coletivo.

Aeroporto – Providencia: Taxi - $17.000 // R$ 60 ; Van - $ 6.000 // R$ 21 (jan/2011)
Aeroporto – Viña del Mar: Taxi - $ 50.000 // R$ 175 (jan/2011)

No dia-a-dia, é possível utilizar o metrô para fazer quase tudo em Santiago. Utilizar os ônibus também não é difícil. No sítio http://www.transantiagoinforma.cl/ você encontra as rotas de ônibus e metrô e um útil planejador de viagens, que informa (e mostra no mapa) as melhores opções para ir de um a outro lugar.

Usar taxi não é caro, mas nem sempre é fácil pegar um na rua - é bom levar consigo o número de telefone de uma empresa ou pedir no restaurante ou bar que chamem um para você. Atenção, no Chile, quando você pede um táxi, paga a corrida desde o momento em que o carro sai para atendê-lo, e não apenas depois do embarque dos passageiros.

Chegando em Santiago: Câmbio

Comprar pesos chilenos no Brasil não é muito fácil. Quando preciso, recorro à Cotação (www.cotacao.com.br), que não tem filial em Vitória.

Mas isso não é problema. No Chile, a compra e venda de moeda estrangeira é livre, então há muitas casas de câmbio. Mas, atenção, não é comum realizar compras diretamente em moeda estrangeira, mesmo em dólares.

Você pode viajar com dólares ou mesmo com reais. Para fazer o câmbio de reais, em Santiago não haverá problema: todas, ou praticamente todas, as casas de câmbio que compram dinheiro brasileiro. Mesmo em Viña Del Mar, Puert Montt e Puerto Varas, onde encontrei algumas casas de câmbio que não trabalham com real, não foi difícil trocar o dinheiro.

Como em todo lugar, fazer câmbio no aeroporto é mau negócio. Se for preciso, troque o mínimo necessário e deixe para fazer o câmbio na cidade. Os melhores lugares são no Centro (há diversos bancos casas de câmbio no Passeo Ahumada) e na calle Pedro de Valdivia na Providencia, especialmente no trecho ao norte da Av. 11 de septiembre.

Nos shoppings também costuma haver casas de câmbio com horários mais elásticos, funcionando até mais tarde e no final de semana. Se estiver na Providencia, há uma no Mall Panoramico, av 11 de Septiembre, 2155 (entre as estações de metrô Pedro de Valdivia e Los Leones).